CRÔNICA DO COELHO - (N° 01)
DÊEM AO CHICO O QUE É DO CHICO E AO BAZAR O QUE É DO BAZAR
Esta é a primeira crônica do ano que faço sobre o time do bazar. Após deixar a comissão, espero poder me dedicar a escrever crônicas sobre os jogos ou fatos do Bazar que eu julgue relevantes ou simplesmente interessantes. Claro que durante o campeonato espero escrever pontualmente, jogo a jogo, me dedicando a registrá-los da melhor forma possível.
Estamos diante de um momento absolutamente “sui generis” da história recente do Bazar. De certa forma, voltamos ao início da existência de nosso time, quando o Felipe escalava o time que começava, no sentido de organizá-lo e durante o intervalo providenciava as alterações que seriam feitas. Lembro-me bem desta fase do Bazar. Era, de certa forma, injusta a atribuição ao capitão, porque há sempre um peso maior sobre aquele que possui tal atribuição. Após algum tempo surgiu o critério de pontuação, buscando premiar aqueles com quem o grupo podia contar e que valorizavam a presença. Presença sempre foi fundamental para o sucesso de um time de futebol de campo, em qualquer tempo, na várzea.
Sobre a adoção do atual critério do Bazar, nada tenho a acrescentar a tudo que já foi dito e escrito. Acho justo que os mais velhos joguem seus 45 minutos e que os mais jovens ou em melhor condição física possam jogar mais tempo. Valoriza os jovens sem desconsiderar os que já fizeram sua história no grupo. Sinceramente, é um critério muito interessante, pois mantém a valoração do sentido de grupo sem buscar a mera competitividade. Esta vem ao natural neste critério novo.
Outro ponto positivo é o fato de contratarmos um técnico em tempo integral. O Chico assumiu o comando e decidiu deixar de jogar futebol. Eu ainda não entendi bem como isso irá se manifestar com o tempo, mas o fato de contarmos com uma pessoa dedicada à direção técnica do time é, sem sombra de dúvidas, muito positivo. Ainda mais o Chico, que gosta e conhece futebol.
Ao encontro do comando técnico que o Chico já está exercendo há como conseqüência direta do atual critério, um time que vai formando uma base lógica para o campeonato. E se nós considerarmos que entrarão neste time ainda alguns reforços e que os possíveis titulares estão jogando mais tempo juntos, talvez o Bazar tenha um entrosamento que jamais teve em campeonato algum. O time do campeonato era formado especificamente para o campeonato, na maioria das vezes mudando muito da formação que vinha jogando os amistosos. Agora o Chico já poderá estar escalando uma base que será reforçada e isto vai fazer uma diferença muito positiva, pois os adversários normalmente já jogam com o time que disputa as competições.
Não irei comentar os jogos anteriores, pois já são passado; e o fato é que, tirando a derrota que nos remeteu as mudanças em voga, o aspecto principal a comentar sobre os nossos últimos jogos, considerando que estamos no início da temporada, é a mudança de orientação técnica.
O Chico adotou o esquema 3-5-2, e o time vem fazendo jogos onde há uma busca incessante pela organização, o que eu considero muito importante, pois um time razoavelmente organizado já consegue se sustentar mesmo em um jogo difícil contra um bom adversário, justamente por ter um sentido tático. Aliás, no meu entender este mesmo sentido tático é o que falta na maioria dos times amadores de várzea.
Não estou defendendo este esquema. Mas elogiando a busca de uma orientação tática e o que ainda é melhor, o tempo para que esta seja assimilada pelo time de uma forma geral. Posso afirmar que muitas vezes haverá mais sentido na escalação de outro esquema, mas nada tenho contra o 3-5-2 e de certa forma, com o time mais fechado, os resultados positivos como um todo até agora alcançados, não deixa muita margem para comentários.
Percebi no último jogo que o Chico vem tentando também estabelecer sua política tanto dentro como fora de campo. Preciso explicar melhor o que quero dizer com isso: é importante que saibamos como funciona a interação entre o técnico e os jogadores. Esta afirmação do técnico como liderança da equipe exige uma forma transparente de exercício de poder por parte dele para com os jogadores. E nisso reside a necessidade de critérios.
Claro que o time definiu seus critérios e estes fazem parte dos chamados critérios objetivos. O que eu estou tentando falar agora é a respeito dos critérios subjetivos, aqueles que permeiam a liberdade de ação do técnico dentro dos critérios objetivamente definidos pela comissão. E nisto reside desde sua convicção com a forma e o time que entra até mesmo nas alterações e manutenções ordinárias do time em campo. Devemos respeitá-las até o máximo limite possível que impeça uma transgressão dos critérios objetivos, pois a própria afirmação psicológica do técnico como liderança sobre o grupo está inserida neste contexto.
Em outras palavras, precisamos ter paciência e cuidado com nossas críticas ao Chico. Se acharmos que houve algum erro, acho que devemos manifestar nossa opinião procurando preservá-lo, dando ciência a ele de nossas opiniões, evitando expô-lo ao grupo. As vezes uma crítica diante de alguns jogadores acaba por trazer um peso muito maior do que haveria em uma conversa mais reservada, e o resultado pode trazer uma reação absolutamente diferente do que se pretendia obter.
Acho que estamos no rumo certo. É o que eu sinto neste momento.
Enquanto a página não é atualizada vou utilizar este canal para disparar minha coluna.
Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2010 - Jorge Coelho
Estamos diante de um momento absolutamente “sui generis” da história recente do Bazar. De certa forma, voltamos ao início da existência de nosso time, quando o Felipe escalava o time que começava, no sentido de organizá-lo e durante o intervalo providenciava as alterações que seriam feitas. Lembro-me bem desta fase do Bazar. Era, de certa forma, injusta a atribuição ao capitão, porque há sempre um peso maior sobre aquele que possui tal atribuição. Após algum tempo surgiu o critério de pontuação, buscando premiar aqueles com quem o grupo podia contar e que valorizavam a presença. Presença sempre foi fundamental para o sucesso de um time de futebol de campo, em qualquer tempo, na várzea.
Sobre a adoção do atual critério do Bazar, nada tenho a acrescentar a tudo que já foi dito e escrito. Acho justo que os mais velhos joguem seus 45 minutos e que os mais jovens ou em melhor condição física possam jogar mais tempo. Valoriza os jovens sem desconsiderar os que já fizeram sua história no grupo. Sinceramente, é um critério muito interessante, pois mantém a valoração do sentido de grupo sem buscar a mera competitividade. Esta vem ao natural neste critério novo.
Outro ponto positivo é o fato de contratarmos um técnico em tempo integral. O Chico assumiu o comando e decidiu deixar de jogar futebol. Eu ainda não entendi bem como isso irá se manifestar com o tempo, mas o fato de contarmos com uma pessoa dedicada à direção técnica do time é, sem sombra de dúvidas, muito positivo. Ainda mais o Chico, que gosta e conhece futebol.
Ao encontro do comando técnico que o Chico já está exercendo há como conseqüência direta do atual critério, um time que vai formando uma base lógica para o campeonato. E se nós considerarmos que entrarão neste time ainda alguns reforços e que os possíveis titulares estão jogando mais tempo juntos, talvez o Bazar tenha um entrosamento que jamais teve em campeonato algum. O time do campeonato era formado especificamente para o campeonato, na maioria das vezes mudando muito da formação que vinha jogando os amistosos. Agora o Chico já poderá estar escalando uma base que será reforçada e isto vai fazer uma diferença muito positiva, pois os adversários normalmente já jogam com o time que disputa as competições.
Não irei comentar os jogos anteriores, pois já são passado; e o fato é que, tirando a derrota que nos remeteu as mudanças em voga, o aspecto principal a comentar sobre os nossos últimos jogos, considerando que estamos no início da temporada, é a mudança de orientação técnica.
O Chico adotou o esquema 3-5-2, e o time vem fazendo jogos onde há uma busca incessante pela organização, o que eu considero muito importante, pois um time razoavelmente organizado já consegue se sustentar mesmo em um jogo difícil contra um bom adversário, justamente por ter um sentido tático. Aliás, no meu entender este mesmo sentido tático é o que falta na maioria dos times amadores de várzea.
Não estou defendendo este esquema. Mas elogiando a busca de uma orientação tática e o que ainda é melhor, o tempo para que esta seja assimilada pelo time de uma forma geral. Posso afirmar que muitas vezes haverá mais sentido na escalação de outro esquema, mas nada tenho contra o 3-5-2 e de certa forma, com o time mais fechado, os resultados positivos como um todo até agora alcançados, não deixa muita margem para comentários.
Percebi no último jogo que o Chico vem tentando também estabelecer sua política tanto dentro como fora de campo. Preciso explicar melhor o que quero dizer com isso: é importante que saibamos como funciona a interação entre o técnico e os jogadores. Esta afirmação do técnico como liderança da equipe exige uma forma transparente de exercício de poder por parte dele para com os jogadores. E nisso reside a necessidade de critérios.
Claro que o time definiu seus critérios e estes fazem parte dos chamados critérios objetivos. O que eu estou tentando falar agora é a respeito dos critérios subjetivos, aqueles que permeiam a liberdade de ação do técnico dentro dos critérios objetivamente definidos pela comissão. E nisto reside desde sua convicção com a forma e o time que entra até mesmo nas alterações e manutenções ordinárias do time em campo. Devemos respeitá-las até o máximo limite possível que impeça uma transgressão dos critérios objetivos, pois a própria afirmação psicológica do técnico como liderança sobre o grupo está inserida neste contexto.
Em outras palavras, precisamos ter paciência e cuidado com nossas críticas ao Chico. Se acharmos que houve algum erro, acho que devemos manifestar nossa opinião procurando preservá-lo, dando ciência a ele de nossas opiniões, evitando expô-lo ao grupo. As vezes uma crítica diante de alguns jogadores acaba por trazer um peso muito maior do que haveria em uma conversa mais reservada, e o resultado pode trazer uma reação absolutamente diferente do que se pretendia obter.
Acho que estamos no rumo certo. É o que eu sinto neste momento.
Enquanto a página não é atualizada vou utilizar este canal para disparar minha coluna.
Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2010 - Jorge Coelho
Esse ano eu quero ler muito as clunas do David Coimbra, do Paulo Sant'Ana, do Luis Fernando Veríssimo e do Jorge Coelho, o enviado especial da Globo para tratar do Bazar...
ResponderExcluirPalermo