COLUNA DO BIAL - PARTE IV
*ESPAÇO TERCEIRIZADO E DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO COLUNISTA
FLOTSAM AND JETSAM – DOOMSDAY FOR THE DECEIVER
Essa banda é só para quem conhece o gênero para ter ouvido falar dela e também para poder avaliar a sua grande contribuição para a famosa cena thrash que nascia na baía de São Francisco, embora nunca tenha figurado entre as grandes o seu primeiro full lenght foi uma obra extremamente importante para o estilo.
FLOTSAM AND JETSAM possuiu uma tradução ambígua pois pode ser entendida como destroços de um naufrágio ou também se aplica a pessoas desocupadas, na vadiagem eu particularmente prefiro a primeira pois não fica pedra sobre pedra na sonoridade desse trabalho, ele destróça um thrash técnico e rápido é um daqueles tantos plays que dá vontade de por um colete cheio de patches e bottons, o tênis bota e um cinto de bala e sair bangueando até ele acabar!
“DOOMSDAY FOR THE RECEIVER” foi gravado no ano de 1986 e foi produzido pelo dono da gravadora o grande Brian Slagel da Metal Blade Records, que aliás vem dando um grande apoio à nova geração do thrash metal que agora vem da Califórnia e os destaques da sua gravadora são o HATCHET e o FUELED BY FIRE. Bandas fortes que estréiam muito bem em seus álbuns de abertura.
A capa ficou a cargo do artista Kevin Tyler da Agressive Graphics e ela exibe num belo desenho um grande mosntro verde o “Fiotzilla” como era conhecido na época, ele está numa encruzilhada com uma cidade ao fundo e ele segura o demônio morto ao seus pés. Na minha opinião faz uma clara alusão a capa do THE NUMBER OF THE BEAST do Iron Maiden que foi desenhada pelo gênio Derek Riegs em 1984.
O line up da banda formava com Erik A.K nos vocais, Michael Gilberi e Edward Carlson nas seis cordas, Kelly David Smith nas baquetas e Jason Newsted(ex-Metallica e atual Voi-Vod) no baixo.
Formaram um timaço de entrosamento e extrema qualidade sonora com um vocalista que alcança agudos impressionantes e um timbre de voz perfeito e claro ao mesmo tempo forte como pede o estilo, tem uma dupla de guitarristas avassaladora e hiper-entrosada que produz uma muralha sonora e técnica, o baterista e o baixista(este dispensa comentários) fazem uma base coesa e muito criativa no andamento de todas as faixas. O Play abre com HAMMER HEAD(o mesmo nome de uma faixa da banda nova yorkina Overkill) com uma intro que lembra muito o início de HIT THE LIGHTS do KILL EM ALL do Metallica, e depois vem o massacre sonoro com uma levada longa instrumental antes dos vocais de Erik entrar e por aí vai com solos e quebradas fulminantes com um baixo e bateria precisos em cada nota de todo o trabalho. Logo vem IRON TEARS com paradinhas e mais agudos que Erik e cia imprimem nessa faixa que tem um refrão grudento que te pega pelos tímpanos, DESECRATOR segue e já vem voando baixo no bom e velho estilo old school que o Flotsam fazia como todas as outras de sua área também com maestria! FADE TO BLACK(nada haver com a homônima do Metallica do Ride The Lightning) é a próxima e se mostra idem a anterior e com refrões grupos de arrepiar o pêlo. DOOMSDAY FOR THE DECEIVER é sem sombra de dúvida a melhor faixa do cd disparado! E não foi atoa que foi escolhida para ser o “main tittle” do trabalho, ela começa com dedilhados e guitarras ao longe e é onde se nota a magnífica união entre composição e execução na maturidade dos músicos, ela é cheia de variações certeiras e com uma característica individual que mostra-nos bem a proposta da banda. METALSHOCK inicia com dedilhados belos e uma cortina sonora de peso que se ergue num crescendo furioso, completado por timbres criativos de Erik até descambar o laço num andamento hiper-thrash que não é cru mas muito bem elaborado tecnicamente perfeito! SHE TOOKS NA AXE, é a banda tinha o machado e e4ssa faixa vem com guitarras cortantes e mais metal cadenciado e veloz, grande track com característica bem própria, o Flotsam é um grupo que abordava assuntos políticos e religiosos porém de maneira bem racional e crítica sem nunca louvar a deus ou o capeta passando em suas letras questões a serem pensadas e conscientes, como pensam muitos leigos do gênero que associam o peso do som ao culto ao diabo, esses deveriam dirigir suas críticas ao BLACK METAL e não ao thrash(mas devem ser perdoados e ensinados). U.S.L.W. até hoje nunca descobri a tradução dessa sliga! Mas essa já inicia com quebradas fantásticas e bota o pescoço pra trabalhar até cansar de tanto banguear é uma faixa escancaradamente fora de série! A próxima é DER FÜHRER uma sátira ao ditador alemão Hitler que inicia em segunda marcha e acaba em quinta lomba a baixo de tão avassaladora e cavalar expondo toda a magia dos saudosos anos 80. Para fechar vem a instrumental de quase seis minutos FLOTZILLA que reedita uma coleção de tudo o que se ouviu durante todo o disco em andamentos, correrias, paradinhas mortais e solos é uma puta chave de ouro que fecha essa obra magnânima do thrash metal de todos os tempos, pena que depois desse virtuoso debut de estréia jamais voltaram a repetir o êxito desse play até hoje ficaram sem saber pra onde seguir musicalmente mas quem sabe? Talvez um dia saiam do coma? Potencial de sobra ah isso eles tem de sobra!
Hail Thrashers
Bial
FLOTSAM AND JETSAM possuiu uma tradução ambígua pois pode ser entendida como destroços de um naufrágio ou também se aplica a pessoas desocupadas, na vadiagem eu particularmente prefiro a primeira pois não fica pedra sobre pedra na sonoridade desse trabalho, ele destróça um thrash técnico e rápido é um daqueles tantos plays que dá vontade de por um colete cheio de patches e bottons, o tênis bota e um cinto de bala e sair bangueando até ele acabar!
“DOOMSDAY FOR THE RECEIVER” foi gravado no ano de 1986 e foi produzido pelo dono da gravadora o grande Brian Slagel da Metal Blade Records, que aliás vem dando um grande apoio à nova geração do thrash metal que agora vem da Califórnia e os destaques da sua gravadora são o HATCHET e o FUELED BY FIRE. Bandas fortes que estréiam muito bem em seus álbuns de abertura.
A capa ficou a cargo do artista Kevin Tyler da Agressive Graphics e ela exibe num belo desenho um grande mosntro verde o “Fiotzilla” como era conhecido na época, ele está numa encruzilhada com uma cidade ao fundo e ele segura o demônio morto ao seus pés. Na minha opinião faz uma clara alusão a capa do THE NUMBER OF THE BEAST do Iron Maiden que foi desenhada pelo gênio Derek Riegs em 1984.
O line up da banda formava com Erik A.K nos vocais, Michael Gilberi e Edward Carlson nas seis cordas, Kelly David Smith nas baquetas e Jason Newsted(ex-Metallica e atual Voi-Vod) no baixo.
Formaram um timaço de entrosamento e extrema qualidade sonora com um vocalista que alcança agudos impressionantes e um timbre de voz perfeito e claro ao mesmo tempo forte como pede o estilo, tem uma dupla de guitarristas avassaladora e hiper-entrosada que produz uma muralha sonora e técnica, o baterista e o baixista(este dispensa comentários) fazem uma base coesa e muito criativa no andamento de todas as faixas. O Play abre com HAMMER HEAD(o mesmo nome de uma faixa da banda nova yorkina Overkill) com uma intro que lembra muito o início de HIT THE LIGHTS do KILL EM ALL do Metallica, e depois vem o massacre sonoro com uma levada longa instrumental antes dos vocais de Erik entrar e por aí vai com solos e quebradas fulminantes com um baixo e bateria precisos em cada nota de todo o trabalho. Logo vem IRON TEARS com paradinhas e mais agudos que Erik e cia imprimem nessa faixa que tem um refrão grudento que te pega pelos tímpanos, DESECRATOR segue e já vem voando baixo no bom e velho estilo old school que o Flotsam fazia como todas as outras de sua área também com maestria! FADE TO BLACK(nada haver com a homônima do Metallica do Ride The Lightning) é a próxima e se mostra idem a anterior e com refrões grupos de arrepiar o pêlo. DOOMSDAY FOR THE DECEIVER é sem sombra de dúvida a melhor faixa do cd disparado! E não foi atoa que foi escolhida para ser o “main tittle” do trabalho, ela começa com dedilhados e guitarras ao longe e é onde se nota a magnífica união entre composição e execução na maturidade dos músicos, ela é cheia de variações certeiras e com uma característica individual que mostra-nos bem a proposta da banda. METALSHOCK inicia com dedilhados belos e uma cortina sonora de peso que se ergue num crescendo furioso, completado por timbres criativos de Erik até descambar o laço num andamento hiper-thrash que não é cru mas muito bem elaborado tecnicamente perfeito! SHE TOOKS NA AXE, é a banda tinha o machado e e4ssa faixa vem com guitarras cortantes e mais metal cadenciado e veloz, grande track com característica bem própria, o Flotsam é um grupo que abordava assuntos políticos e religiosos porém de maneira bem racional e crítica sem nunca louvar a deus ou o capeta passando em suas letras questões a serem pensadas e conscientes, como pensam muitos leigos do gênero que associam o peso do som ao culto ao diabo, esses deveriam dirigir suas críticas ao BLACK METAL e não ao thrash(mas devem ser perdoados e ensinados). U.S.L.W. até hoje nunca descobri a tradução dessa sliga! Mas essa já inicia com quebradas fantásticas e bota o pescoço pra trabalhar até cansar de tanto banguear é uma faixa escancaradamente fora de série! A próxima é DER FÜHRER uma sátira ao ditador alemão Hitler que inicia em segunda marcha e acaba em quinta lomba a baixo de tão avassaladora e cavalar expondo toda a magia dos saudosos anos 80. Para fechar vem a instrumental de quase seis minutos FLOTZILLA que reedita uma coleção de tudo o que se ouviu durante todo o disco em andamentos, correrias, paradinhas mortais e solos é uma puta chave de ouro que fecha essa obra magnânima do thrash metal de todos os tempos, pena que depois desse virtuoso debut de estréia jamais voltaram a repetir o êxito desse play até hoje ficaram sem saber pra onde seguir musicalmente mas quem sabe? Talvez um dia saiam do coma? Potencial de sobra ah isso eles tem de sobra!
Hail Thrashers
Bial
É muito verddeiro!!!!!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNilmar Faccin disse...
ResponderExcluirPai Bial, grande garoto. K. Tyler, por ora, conheceu nossos amigos Mônica e Boquinha de Sapo? A capa parece inspirada nos camaradinhas! hehehe.