COELHO IN EUROPE - DIÁRIO DE BORDO 1

O amigo Jorge Coelho se encontra em viagem de férias pelo velho continente com sua família e por aqui estarei compartilhando, sempre que possível, as aventuras relatadas pelo mesmo e com a devida autorização. Para quem curte viagens e tiver interesse segue o relato da primeira etapa da "aventura". Acompanhe, que vale a pena!

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 Diário de bordo I - Além mar

Escolhi entrar na Europa por Portugal pela facilidade do idioma e identidade cultural. Um voo Porto Alegre - Veneza, com escala em Lisboa pareceu-me uma boa maneira de entrada na União Européia. Mas tivemos a primeira (e espero a única) decepção : a TAP. 

 olha que eles dão para cada aeronave o nome de uma grande figura portuguesa e, para meu orgulho, embarquei no avião batizado "Vasco da Gama". Infelizmente o Vasco do Dinamite do segundo semestre do brasileiro : meio a deriva, meio quebrado, e não o grande navegador português...

É estranho, mas parece que os portugueses da TAP nos conceituaram como mal educados, e nós, brasileiros, os percebemos como pessoas rudes, pra não dizer grosseiras. E de fato, eles tem um pouco de razão : ficamos em pé nos corredores, deixamos muitas vezes a porta dos banheiros aberta com a luz no rosto dos outros. Mas eles deram um verdadeiro espetáculo a altura. Mau humorados, ranzinzas, se caía um potinho no chão eles não pegavam, chama-los era impensável: ou te atendiam bruscamente como se ficassem irritados por você querer algo ou te ignoravam quase que completamente. Cliente nada significa para eles, que aposto, vão rapidamente deixar de voar direto de Porto Alegre para Lisboa, pois vamos deixar de voar TAP ( eu não voarei mais com eles!). Infelizmente, nossos vooss internos serão pela TAP, mas ainda bem que demos preferencia pelos trens!

Os assentos são desconfortáveis, não reclinam muito, viajei praticamente na vertical e obviamente não pude dormir quase nada. Pelo menos vi o bom filme de ação - meio mandrake - busca implacável II e o excelente Batman o cavaleiro das trevas.

Ao entrarmos no avião uma brincadeira de gosto duvidoso foi o cartão de visita deles. Não haviam colocado nossos travesseiros e mantas e eu os pedi, a resposta: é que o senhor não pagou uma passagem que contemplasse esses itens... Diante de meu riso educado e da bronca da Rejane, eles retomaram o profissionalismo.

O vôo foi uma infinidade de grosserias deles. Minha tela de meu assento não permanecia na vertical, ficava caindo. Pedi ajuda. O rude senhor que me atendeu tentou fixar o monitor com um pedaço de papelão - pasmem - e diante do fracasso se limitou a dizer que eu teria que segurar o mesmo se quisesse assistir aos filmes... Este mesmo senhor ao invés de pedir passagem nos corredores do avião simplesmente batia no ombro dos passageiros... Os carrinhos com lanches eram jogados contra as pernas dos passageiros sem pedido de licença ou desculpas. Pra completar, minhas manteigas do jantar e do café da manha estavam com mofo...

Acabei vendo os filmes pelo monitor da Rejane que conseguiu dormir um pouco. Pra nao dizer que tudo foi ruim, o senhor da imigração foi de uma gentileza e educação impar. Pelo menos pisei em Portugal com o pé direito, após uma vôo infernal... Esperemos a conexão pra Veneza e se Deus quiser tudo vai dar certo!

Um abraço a todos!
Coelho