BAZAR MIMO FC: ENFIM, JG DE FINAL DE ANO!

Final de temporada ou pré-temporada?
Jorge Luiz Coelho – Porto Alegre, 07 de janeiro de 2012.

Sábado de sol, muito calor e pouca chuva em Porto Alegre. Estradas lotadas de carros desesperados por praia, muita gente saindo da capital gaucha e pouca gente ficando. Após muitas discussões, viagens do Diego para o caribe e do Felipe para o nordeste, ajustes de là pra cà, arriscamos fazer nosso jogo de final de ano - em tese inicio de ano - para sábado, dia 07 de janeiro de 2012, as 16 horas, no excelente campo da fazendinha.

O local não poderia ter sido melhor. Dificilmente teríamos um campo em boas condições com a atual seca pela qual passa o Rio Grande do Sul. Apesar de distante, cerca de 40 km são percorridos necessariamente para chegarmos là (segundo meu odömetro), o campo estava em bom estado e em teoria muito bom para a pràtica do velho esporte bretão.

Não recebi a ficha do jogo, mas de memória, seguem os times: BARCELONA DO BREJO, no gol um amigo do Macaco cujo nome não me recordo, Fernando, Ninja, Ronaldo e Traka, Morin, Felipe, Peter, Douglas, Bonds e Bon Jovi. Depois entraram: o filho do cabelo, Chicáo e o eterno Krás. Do outro lado o REAL MALHAÇÃO do Diego, Garça, Coelho, Breno e Chico, Alberto, Vilson, Palermo e Gustavo, Marcio e Buda. Entraram o Luan e o Macaco.

O primeiro tempo pode ser dividido em dois momentos distintos: um começo equilibrado, que lentamente foi se transformando em relativo domínio do time do Felipe, uma vez que o time do Diego praticamente entregou dois gols. No primeiro, jogada pela direita, eu furei em bola, a pelota passou para o Bon Jovi que ao se encontrar com o Breno, permaneceu na jogada enquanto o zagueiro caiu, a bola seguiu e o atacante deu belo drible no Garça e chutou sem chances pro Diego: 1 a 0.

E mesmo o jogo permanecendo equilibrado, um erro de passe do Alberto não foi perdoado pelo Douglas, 2 a 0. Neste momento, pela primeira vez na partida, um time passou a ter supremacia sobre o outro. O meio de campo tocava a bola, as entradas do Douglas ou do Bonds buscando espaço entre o meio de campo e a entrada da área come çaram a criar situações de perigo.

Aí aconteceu um lance que, sinceramente, pela minha ótica, modificou muito o clima da partida a favor do time do Diego. O Douglas tocou para o Bonds ou o Felipe, e correu para fazer o dois um em cima de mim. Eu abri

a perna para impedi-lo e ele se chocou contra mim. Falta que o Cabelo deu vantagem, pois o ataque prosseguiu. O Douglas reclamou com veemência, disse que eu chutei o joelho dele e começamos a discutir. A discussão tornou-se mais generalizada e acendeu o time do Diego, pois este tinha um número maior de jogadores briguentos, digamos assim e o momento psicológico do jogo mudou.

Após a partida eu pedi desculpas ao Douglas, mas sinceramente, bloquear um dois um é algo instintivo em qualquer zagueiro, quase natural, pois há uma obstrução da jogada, mas se ele se chateou tanto não me resta alternativa a lamentar, pedir desculpas e evitar algo similar no futuro. Ou tentar pelo menos.
O que ocorreu foi que o time do Diego empatou em poucos minutos o jogo em 2 a 2, virando a partida para 4 a 2, placar do primeiro tempo. Em jogos como os nossos, entre amigos, nada está decididamente definido. O time do Felipe voltou em cima, empatou novamente a partida, mas pareceu-me incapaz de manter o ritmo, sendo dominado na metade do 2º tempo em diante, sofrendo o 6 a 4 e permitindo que diversas chances fossem criadas, sendo que o placar final acabou por ser justo. Não posso deixar de mencionar que a ausência do Douglas na etapa final acabou por prejudicar em muito o adversário.

Como notas da nossa pelada, tivemos dois bandeirinhas em tarde de gala, o Quinhos e o Caverna, no meu entender, pelo que eu pude ver, foram muito bem e o Cabelo fez uma arbitragem correta, com alguns erros naturais (não pensem que é fácil apitar nossos jogos!), e não comprometeu o resultado da partida.

Não posso deixar de citar a jogada do Krás no inicio do 2º tempo, quando entrou pela direita, protegeu a bola e chutou de forma bisonha, deu um grito e disse que estava começando a aquecer... ehehehe...

Também teve o meu lance, que vi um espaço entre o lateral e o meio, entrei em diagonal e tentei chutar de três dedos, mas pegou mal e a bola fez um efeito contrário, foi parar na ponta esquerda...

E o Quinhos, que no meio da partida, havia ligado para pedir dois pasteis, que o rapaz levou no campo de jogo. Ele correndo com a bandeira e comendo o pastel, não tem preço.

*(Trio ternura.... Jesus!!!)

Acredito que outros lances engraçados aconteceram, peço aos amigos que postem citando o lance, após lerem esta crônica.

Mesmo em um verão medonho, sol e calor para praia chocolatada alguma pôr defeito; nós conseguimos armar dois times de futebol de campo, em um sábado, em pleno janeiro. Mobilizamo-nos, indo até um campo que apesar de excelente, fica bem distante de Porto Alegre. Não sei mais se temos um grupo ou grupos dentro de um grupo que, quando os objetivos convergem, somos capazes de realizar algo em grupo. Não tenho certeza de nada. A única certeza que tenho é que somos capacitados a criar um clima muito legal quando nos propomos a isso.

*(Roger e Malmans tentando explicar ausência no jg ... rsrsrsr)

Foi uma grande brincadeira. Poderia ter sido melhor? Sim, certamente. Mas quantos grupos são capazes de reunir tanta gente nas condições já citadas acima? E abrir espaço para pessoas antigas do Bazar, e alguns que nos ajudam sempre que necessário? A vida é feita de oportunidades, às vezes apenas ficam lembranças ou possibilidades perdidas no tempo e no espaço. Como será que veremos o final dessas grandes brincadeiras, afinal? Era isso.