BM FC 2 X 2 CLUBE ATLÉTICO CÓLON

Amistoso ou ritmo de campeonato?
Jorge Coelho – Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2011.

Outro jogo que apresentou condições completamente diferentes: o Bazar mesclado de jogadores novos e veteranos, contra um time bem jovem, com um banco repleto de jogadores, em um ritmo próximo ao de um campeonato, com direito a técnico orientando de fora de campo e bateria para incentivar. Jogo bom, quatro gols, muitas chances perdidas pelas duas equipes. Placar justo? Acredito que sim.

Novamente o primeiro tempo foi muito difícil para o Bazar. Mas, desta vez, somente na primeira metade desta etapa. O Bazar jogou deixando-se marcar, havia poucas saídas de jogo, o adversário apertava nosso time em nosso campo, e não conseguíamos tocar a bola. Errávamos muitos passes, e o Clube Atlético Cólon jogava em velocidade, pelas laterais do campo, abrindo nossa defesa.

Apesar da pressão inicial do Clube Atlético, o adversário chegou ao gol em um passe errado meu, que deixou o atacante sozinho, diante do Diego, e só teve o trabalho de tocar, diga-se de passagem, com categoria e habilidade no canto, sem defesa. O gol nos atordoou ainda mais, e continuávamos a errar passes. Nosso meio de campo estava um pouco aberto, e não conseguia se colocar de forma a fechar o caminho por onde os adversários tabelavam em velocidade.

Neste momento do jogo, tomamos o segundo gol, e estivemos próximos de sofrer pelo menos mais dois, em entradas rápidas pelo meio de campo e pela lateral esquerda. Mas a partir dos vinte e cinco minutos, o Bazar começou a criar algumas jogadas mais agudas, o meio de campo passou a valorizar um pouco mais a bola, e após um jogada rápida pela direita, a bola bateu na mão do adversário dentro da área (sua mão de fato estava bem distante do tronco, o que no meu entender, dá ao árbitro o direito de interpretar como intencional) e no pênalti o Ronaldo bateu muito bem, diminuímos para dois a um e voltamos ao jogo.

Criamos algumas jogadas de tabela e velocidade, e o jogo estava aberto. Mas o Bazar havia voltado para a partida. Sentindo a mudança psicológica que se operou após diminuirmos o placar, o Clube Atlético começou a fazer faltas mais fortes, e isso irritou muito nossos jogadores, porque o juiz, embora não parecesse mal intencionado, não tinha lá o mesmo critério, e invertia ou deixava de dar faltas claras contra o adversário. Em uma delas, além de não interpretar como sem vantagem a conclusão de um lance que começou na ponta direita de nosso ataque, e que ao cruzar a bola para a área o Ronaldo foi atingido de forma violenta na perna, o juiz ainda por cima simplesmente ignorou a necessidade de advertir com amarelo o zagueiro, que agiu com maldade. Isto produziu um efeito negativo no Bazar que se perdeu reclamando muito com o juiz. Fica aqui a advertência: se fosse jogo de campeonato, provavelmente o Ronaldo teria sido expulso, pois foi além do bom senso nas reclamações. Precisamos manter o equilíbrio em uma situação como esta, pois infelizmente, sempre está presente em todo jogo na várzea.

O segundo tempo foi, a meu ver, praticamente todo do Bazar, pois embora o Clube Atlético atacasse quase sempre, não abrindo mão de tentar chegar ao gol, nós conseguimos empurrá-lo para seu campo e perdemos pelo menos três excepcionais oportunidades de gol. Mas nosso esforço acabou por ser premiado com um golaço do Felipe. Embora ele não tivesse a intenção de chutar a gol, sua jogada pela esquerda e o toque que encobriu o bom goleiro rubro negro foi muito bonito e acabou por trazer justiça a um jogo onde o equilíbrio foi a conclusão de uma partida construída por momentos tão distintos.

Um dos grandes momentos do evento, para os veteranos, foi a volta a campo do Jefferson Feijão, mais conhecido como Cabelo, co-fundador do Bazar que estava mais de cinco anos em Passo Fundo a trabalho. E outro momento interessante foi a ocorrência de uma série de fatos absolutamente imprevisíveis, que acabaram por coincidir com a aparição do Palermo novamente com a camisa negra do Bazar. Fantasmas existem, sem dúvida. E novamente o Felipe acabou sendo decisivo na construção do placar. A exemplo do jogo contra o Corinthians.
Terminamos o evento com um almoço no local, com um carreteiro bem gaúcho, e uma salada de tomate e cebola, tudo em completa harmonia com bucolismo da fazendinha e, porque não dizer, em um estilo bem gaudério.

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