BM 6 X 4 COSMOS - 20/MARÇO DE 2011


Dominica Die
Jorge Coelho – Porto Alegre, 20 de março de 2011.

“Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Araão, que desceu sobre a gola de suas vestes; como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o senhor ordenou a benção, a vida para sempre.” – Salmo 133.

Bem como diz David no Salmo acima, como é bom e suave aos irmãos viverem em união! Confesso que pouco tenho a falar da partida de domingo, vencida com facilidade pelo Bazar por 6 a 4, diante de um adversário menos preparado fisicamente, no interior de Carlos Barbosa. Mas muito tenho a dizer sobre a alegria de nos encontrarmos para viajar, todo aquele grande grupo, a chegada, o local de natureza ainda conservada, um campo excelente, as pessoas, as brincadeiras, o jogo em si seguido do banho e do churrasco. Na segunda parte do salmo, temos, entre outras interpretações, a iniciação à espiritualidade na forma do precioso óleo que unge. E me vem lembranças diversas de viagens que fizemos, de gente que já esteve entre nós no grupo, daqueles que permanecem, de outros que voltaram; tardes e manhãs alegres, em que o resgate à alegria e ao lúdico nos remete a magia de ser criança mais uma vez. O Bazar hoje é muito mais do que um grupo que surgiu em 1994. Ele é quase como uma entidade viva, formada por toda a energia que doamos na construção do grupo, em cada jogo, em cada momento de encontro, em cada viagem. E, quando a última parte do salmo glorifica a benção do orvalho do monte de Hermom, está relacionando a vida que se renova para sempre em meio a aridez do lugar, pois das manhãs de todo dia o orvalho desce dos montes e em sua brisa refrescante, mantém o necessário para que haja vida.

E nosso encontro, nossas viagens, enfim, encontrar os amigos, antigos e novos, irmãos mais velhos e caçulas, é uma benção que vivifica nossa alma, pois renova o espírito. Afinal não somos ilhas. E nosso maior desafio é nossa aventura aqui na terra. Viver é nosso propósito, e assim como não há vida em alma alguma em isolamento, só há crescimento real na convivência sincera com nosso próximo. Nos erros e acertos de cada dia. Após o excelente churrasco, paramos em um estabelecimento que faz uma salada de fruta muito gostosa. E novamente estava lá, grande parte da galera, sentada em uma mesa de madeira, conversando sobre qualquer coisa, saboreando a salada de fruta, uns em companhia dos outros. Quase não percebi que era uma tarde de domingo, normalmente chata. Quase não percebi que o tempo passava. Para os mais novos do grupo, peço que momentos como estes sejam guardados com muito carinho, porque eles são como o vinho: conforme avança o tempo, mais deliciosos ficam na nossa lembrança. E como a vida, eles passam. Mas o que é viver senão um rápido passar por esta terra levando e deixando lembranças no coração dos que ficam?

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